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Piano de Cauda

De cauda, vertical ou digital? Veja a diferença entre os pianos!

Na hora de realizar um sonho e começar a estudar piano, é frequente surgir uma dúvida sobre qual modelo é mais apropriado. Afinal, quais as diferenças entre um piano de cauda, um piano vertical e um piano digital?

A história credita a invenção do piano a Bartolomeo Cristofori di Francesco, um fabricante de cravos de Pádua, na Itália, mas vários instrumentos de cordas e teclados, desde o saltério, precederam sua criação e auxiliaram a formar o piano como o conhecemos hoje. Adotando um novo mecanismo para percutir as cordas, Cristofori inaugurou um capítulo na história da música que continua com o desenvolvimento de modelos adaptados às necessidades de estudantes e músicos.

Piano de Cauda

Pianos de cauda

O mais tradicional formato de piano é o de cauda, sonho de praticamente todo o pianista, encantador tanto pela imponência quanto pela beleza, além da tradição. Também chamados horizontais, esses instrumentos podem apresentar tamanhos diversos, que se adaptam às necessidades de sonoridade e às restrições de espaço que, muitas vezes, são determinantes na escolha do modelo.

É comum se falar em pianos de cauda inteira, ½ cauda e ¼ de cauda, mas não há um padrão de medida específico e cada fabricante desenvolveu projetos exclusivos para cada modelo, pois, quanto mais comprida a corda, maior é a tensão necessária para fazê-la soar corretamente, o que exige estrutura mais resistente e pesada. Em contrapartida e como consequência, o instrumento apresenta maior volume sonoro e diferenças de timbre.

Por conta disso, os chamados pianos de cauda inteira são os mais indicados para salas de concerto, teatros e outros ambientes em que é necessário preencher o espaço com sua sonoridade. E há também o fato de que, nesses ambientes, o piano, muitas vezes, é acompanhado por orquestras e grupos de vários instrumentos, o que exige mais volume para equilibrar a sonoridade. Também podem frequentar residências e escolas, a fim de proporcionar ao estudante ou pianista maior similaridade com o instrumento que encontrarão nos ambientes maiores.

Nos pianos de cauda, as cordas estão dispostas na horizontal, no mesmo sentido das teclas, com o mecanismo posicionado abaixo delas e praticamente toda sua extensão exposta, quando a tampa está aberta, o que acarreta maior volume sonoro. Os martelos que percutem as cordas retornam à posição de repouso pelo seu próprio peso, o que permite que uma mesma nota seja repetida até 14 vezes por segundo, aproximadamente.

Diferentes modelos, além do tamanho, apresentam outras características diversas, como número de pedais, quantidade de teclas e recursos relacionados ao acabamento. Quanto à mecânica, podem apresentar alguns detalhes que o diferenciam dos pianos verticais ou mesmo de outros de cauda como a existência do pedal tonal, por exemplo, – necessário apenas para a execução de peças avançadas do repertório, portanto praticamente acessório para a maioria dos estudantes –  e o característico mecanismo do pedal una corda – que ocasiona uma movimentação do teclado quando acionado.

Pianos verticais

Piano Vertical

O modelo de piano mais comum em todo o mundo é o vertical, ou “de armário”, chamado assim pelo fato de que pode ficar próximo a uma parede. Necessitando de menos espaço do que os de cauda, esses modelos trazem as cordas e a tábua harmônica dispostas na vertical, perpendicularmente ao teclado, com o mecanismo em frente a elas. Por conta do comprimento menor das cordas e pelo fato de a caixa de madeira cobri-las, o volume sonoro dos modelos verticais é frequentemente menor do que o dos modelos de cauda, o que o torna ideal para pequenos ambientes, como apartamentos, quartos de estudos, salas de escolas e até mesmo pequenos bares e restaurantes.

Da mesma forma que ocorre com os pianos de cauda, existem diversos modelos de pianos verticais, adaptados às várias necessidades de sonoridade e espaço e desenvolvidos de forma a oferecer uma perfeita relação entre estrutura e timbre, além de outras características como número de pedais, quantidade de teclas e detalhes de acabamento.

A mecânica de um piano vertical, embora disposta de forma diferente, oferece a mesma precisão encontrada nos modelos de cauda, com particularidades sutis relacionadas ao comprimento da extensão das teclas no interior do instrumento e ao funcionamento de alguns mecanismos, como o retorno dos martelos à posição de repouso que conta menos com o auxílio da gravidade.

Para o estudo, os pianos de armário de boa procedência têm a mesma qualidade e proporcionam o mesmo desenvolvimento do músico que os de cauda, tanto em relação à parte técnica e dos movimentos quanto em relação à construção da sonoridade e da interpretação. E é importante frisar que o tamanho do piano não é determinante para sua qualidade: não é porque um instrumento é grande que é melhor que outro, mas apenas que ele pode ter volume sonoro maior.

Pianos digitais

Piano Digital

O avanço da tecnologia e das técnicas de sampleamento – em que o som de cada nota é amostrado e digitalizado -, aliado à capacidade cada vez maior de chips de memória em conjunto à diminuição do custo desses elementos, permitiu a criação de equipamentos que reproduzem com bastante realismo o timbre do piano acústico. Contando com amplificação própria ou saídas de áudio dedicadas e teclado com resposta similar à dos tradicionais, os pianos digitais são equipamentos eletrônicos cujas memórias armazenam amostras de sons de pianos acústicos gravadas digitalmente. Simplificando, cada tecla de um instrumento digital dispara a reprodução da gravação de uma nota de um piano real, portanto, não há cordas ou martelos.

Com o desenvolvimento de técnicas de amostragem cada vez mais precisas, os pianos digitais ganharam a capacidade de reproduzir timbres variados, que atendem às necessidades de uma ampla gama de músicos, dos mais diferentes gêneros e estilos, principalmente no trabalho em shows e apresentações de música popular. A adição de mais recursos tecnológicos a esses instrumentos acabou por transformá-los, também, em ótimos auxiliares para o uso em escolas e o trabalho em estúdios por conta da capacidade de alteração de timbres e de controle de outras fontes sonoras. Além disso, os pianos digitais oferecem facilidade de captação para gravação e a possibilidade de uso de fones de ouvido. Os pianos digitais são uma opção viável para aqueles que necessitam usá-lo durante a noite, sem incomodar vizinhos, e para quem não possui muito espaço para um instrumento acústico. O mecanismo deles simula o das teclas dos pianos acústicos, mas tem sua função restrita pelas limitações próprias da eletrônica em contraposição a uma ação mecânica, embora venham sendo desenvolvidos sistemas que têm como finalidade diminuir a diferença entre eles.

Se, por um lado, o piano digital é uma alternativa para quem faz questão de portabilidade e facilidade de amplificação, por outro há a dependência de energia elétrica para seu uso e a falta da ressonância própria de um piano acústico e da espacialidade do ambiente, que imprimem ao instrumento sua característica sonoridade.

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