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piano no palco

Um piano para cada palco

piano no palco

Existem diversos tipos de piano, desde acústicos a digitais, os de cauda e os verticais, os pianos de palco e os mais indicados para residências. Mas isso não quer dizer que um tipo seja melhor que outro, mas apenas mais adequado ao uso que se faz dele.

Os pianos acústicos, tanto os de cauda quanto os de armário ou verticais, são os instrumentos originais, desenvolvidos por séculos até atingirem a perfeição mecânica, técnica e de performance. Com som produzido naturalmente pela vibração de cordas percutidas por martelos e ressonância de seus diversos elementos constitutivos, têm o timbre mais puro e envolvente.

Geralmente, os tipos de piano acústico são indicados para gêneros e estilos em que a sonoridade natural é importante, seja por conta da ampla gama dinâmica que produzem ou pela interação com outros instrumentos também acústicos. É o caso da música erudita, também chamada de música de concerto, e do jazz, principalmente em formatos tradicionais, como o trio piano – baixo – bateria. Também é comum na MPB, principalmente na bossa nova, e na música instrumental, assim como em estilos como o blues.

piano em um palco com iluminação

Os grandes pianos de cauda, presentes em teatros e salas de concerto, possuem toda estrutura necessária para produzir volume sonoro suficiente para serem ouvidos nesses locais, sem necessidade de amplificação. Também servem a ambientes mais intimistas como bares e restaurantes. E atendem bem a uma infinidade de estilos, dos clássicos aos populares. E se o ambiente não é tão grande, o volume sonoro pode ser menor, há inúmeros tamanhos e tipos de piano de cauda disponíveis no mercado, aptos a atender a qualquer necessidade.

Os pianos verticais, também chamados pianos de armário, são mais frequentes em residências, salas de estudo, escolas e conservatórios. Mas também é comum encontrá-los em pequenos clubes de jazz ou em locais com decoração mais despojada e intimista. O timbre deles é muito característico, e podem ser utilizados em praticamente qualquer gênero ou estilo, assim como os de cauda. Por conta de seu formato, no entanto, não é muito comum serem vistos em palcos, embora algumas bandas, como o Coldplay, costumem utilizá-lo.

pianista tocando em uma sala

Os pianos acústicos, portanto, atendem muito bem a uma ampla gama de aplicações, em uma variedade incrível de situações. Em algumas ocasiões, no entanto, os pianos digitais podem ser ótimas opções, principalmente no que diz respeito à necessidade de amplificação e à facilidade de transporte.

Amplificação e portabilidade

Desde que a música se tornou um produto para as massas com consumo mais acessível – com a ajuda, em grande parte, do rádio – se buscou por formas de atender à demanda por shows, o que incluiu o desenvolvimento de instrumentos capazes de serem amplificados, como o a guitarra, e mais portáteis. E isso nem sempre foi muito fácil. É famoso o caso dos Beatles que, durante concertos no Shea Stadium, em Nova York, nos Estados Unidos, não conseguiam nem mesmo se ouvir por causa dos gritos da plateia, o que os levou à decisão de abandonarem os shows e se concentrarem nas gravações.

No caso dos pianos acústicos, a solução para enfrentar uma plateia ávida por cada vez mais volume sonoro, principalmente com o sucesso do rock-and-roll, foi a de captar o som produzido pelas cordas por meio de microfones e amplificá-lo para ser reproduzido por caixas acústicas. A dificuldade, nesse caso, era captar toda a riqueza sonora do instrumento em ambientes nem sempre favoráveis.

Com o advento da tecnologia digital e a possibilidade de captação e posterior reprodução do timbre de um piano acústico com enorme fidelidade, os pianos digitais, por conta da portabilidade e da facilidade de amplificação, ganharam lugar nos palcos, principalmente em shows de estilos como o rock e o pop, sem descartar até mesmo o jazz. A facilidade de mudança de timbre, graças aos presets incorporados ao instrumento, também dão ao músico flexibilidade para transitar entre diversos gêneros, escolhendo o que melhor se adapta à composição ou ao estilo do trabalho.

Amplificação e portabilidade

A facilidade de amplificação, no entanto, parece ser um dos mais decisivos argumentos a favor dos digitais em gêneros que não o erudito, pois é muito mais simples para qualquer técnico de som, em qualquer lugar, conectar as saídas de áudio existentes ao mixer ou ao sistema de amplificação do que conhecer técnicas de captação por meio de microfones para utilizar em um dos tipos de piano acústico. E é muito mais fácil transportar e carregar o próprio instrumento do que depender do existente no local da apresentação, principalmente em um país de tantas desigualdades regionais como o Brasil.

No entanto, apesar das facilidades que os pianos digitais oferecem, alguns músicos se mantêm fiéis à sonoridade e à sensação de tocar em um instrumento acústico, como Elton John, Paul McCartney, João Donato e Guilherme Arantes, por exemplo. Outros, por sua vez, mais encantados com os recursos e a comodidade que um instrumento portátil e fácil de amplificar pode trazer, renderam-se aos digitais e os utilizam em shows dos mais variados estilos, em formações por vezes inusitadas.

Amplificação e portabilidade

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