Muitos foram os instrumentos musicais que deram origem ou inspiraram a criação do piano. A história credita a invenção a Bartolomeo Cristofori di Francesco, um fabricante de cravos de Pádua, na Itália.
Desenvolvendo um novo mecanismo para tanger as cordas, Cristofori inaugurou um novo capítulo na história da música, mas vários instrumentos de cordas e teclados precederam sua criação e auxiliaram a formar o piano como o conhecemos hoje.
Antepassados do piano acústico
Muito cedo a humanidade descobriu como esticar cordas sobre arcos, cabaças e caixas para amplificar o som produzido quando eram tangidas. Adicionando cravelhas e pinos a esse sistema rudimentar, era possível alterar a afinação das notas produzidas.
Desde a antiguidade, instrumentos de cordas percutidas ou tangidas existiram por todas as regiões do planeta, do extremo oriente até o Novo Mundo.
Seguindo a genealogia direta do piano, um de seus mais antigos antecessores é o Dulcimer (ou Saltério), instrumento com origens milenares que possui cordas esticadas sobre uma caixa de ressonância de madeira, percutidas por baquetas.
Embora não apresente teclado, o Dulcimer e seus correlatos possuem o mesmo princípio de geração sonora do piano: cordas percutidas.
As teclas são procedentes do órgão, instrumento com origem no Oriente Médio, utilizado na Grécia por volta do século III A.C. até que caiu em desuso com a queda do Império Romano, voltando a ser utilizado por volta do século VIII.
No século seguinte, surgiu o Clavicórdio, instrumento de forma retangular em que as cordas são percutidas por lâminas de metal, chamadas tangentes, posicionadas no extremo oposto das teclas.
Quando a tecla é pressionada, a tangente sobe e atinge uma corda, detendo-a ao mesmo tempo. Ao percutir a corda, a tangente a divide em duas seções.
Para evitar a vibração, um amortecedor formado por uma fita de feltro é colocado entre as cordas. O instrumento permite a produção de efeitos sutis como o vibrato e pequeno controle da dinâmica, sendo o preferido de J. S. Bach.
Por conta do tipo de geração sonora, os Clavicórdios não produziam sons de grande intensidade e eram utilizados como instrumentos de estudo por organistas, como solistas ou dentro do ambiente doméstico.
A partir do século XVI, o Virginal tornou-se muito popular e inaugurou um novo sistema: as cordas, em vez de percutidas, eram tangidas por uma palheta de couro ou pena de ave.
A caixa de ressonância podia ser retangular ou poligonal, por vezes ricamente ornamentada. A intensidade sonora gerada por esses instrumentos é maior que a dos Clavicórdios, mas as variações de dinâmica ainda eram precárias.
A Espineta teve origem na Itália e foi aperfeiçoada pelos ingleses no final do séc. XVII. O mecanismo é o mesmo do virginal, mas o formato mais longo e em forma de asa e as cordas posicionadas em ângulo de 45o permitem maior volume sonoro e a utilização de um teclado de até cinco oitavas.
O Clavicembalo ou Cravo foi largamente utilizado por toda a Europa até o final do século XVIII, quando foi substituído pelo Fortepiano. Sua forma originou a do piano de cauda. O instrumento produz som beliscando as cordas e fazendo-as vibrar ao longo de toda a extensão.
No século XVII, chegou a possuir até cinco oitavas e diferentes jogos de cordas soando simultaneamente – acionados por meio de controles manuais e, posteriormente, pedais – e dois ou três teclados com diferentes registros.
A alternância entre os jogos de cordas e os teclados permite produzir contrastes tonais e dinâmicos, mas não crescendo e diminuendos graduais. Além disso, a variação dinâmica alcançada por meio da diferença de toque é muito sutil.
A intensidade sonora, no entanto, é muito maior que a de seus antecessores, sendo utilizado tanto para o uso em público, como solista ou encarregado do contínuo, quanto no ambiente doméstico ou na corte.
Olá, gostei da matéria. Tenho um Fritz Dobert da década de 70 que precisa de afinação e talvez algum reparo. Quem podem me indicar em Curitiba?
Grata,
Elis
Ola Elis, agradecemos o seu comentário e essperamos tê-la como participante assídua do nosso blog. Consultaremos a equipe técnica da Fritz Dobbert e em breve indicaremos um técnico em Curitiba. Saudações
Olá Elis,
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