É bem sabido que a música é uma das formas de expressão humana mais sensíveis e significativas na vida de qualquer pessoa. E se sabe que o estudo de um instrumento musical pode ativar áreas do cérebro menos exercitadas e, dessa forma, melhorar o humor, a atenção, a concentração e a memória, elevando a qualidade de vida dos indivíduos, além de trazer à tona lembranças profundas que, por vezes, auxiliam as sinapses.
Por conta disso, pode ser uma ferramenta terapêutica importante no tratamento de pessoas com problemas cognitivos ou psicológicos ao estimular o cérebro. Continue a leitura e veja a importância do estudo de piano na terceira idade!
Estudo de piano na terceira idade
Para os idosos, em especial, essa prática pode trazer inúmeros benefícios, já que as áreas do cérebro ativadas pelo estudo de piano são as mais afetadas com o passar dos anos e o processo de envelhecimento. Seja com o estudo de piano ou utilizando as técnicas da musicoterapia, as pessoas podem se beneficiar de várias formas ao aperfeiçoar tanto seus aspectos físicos quanto emocionais, principalmente quando se trata de indivíduos já na terceira idade.
Benefícios da música na terceira idade
Um dos principais benefícios que a música pode trazer para esse grupo é a conexão com memórias. Por meio da música, os indivíduos podem se conectar com sua história de vida e relembrar momentos marcantes. Isso é importante porque o esquecimento é um dos sintomas do processo de envelhecimento, e alguns idosos podem se sentir “perdidos” por não se lembrarem de certos episódios de sua vida, sejam eles bons ou ruins.
Canções e composições os remetem a suas lembranças e podem despertar boas sensações e sentimentos. O estudo de piano – com um repertório bem escolhido que leve em conta o histórico do aluno, suas preferências e as memórias afetivas envolvidas – pode provocar mudanças significativas na qualidade de vida dos idosos por ter a capacidade de despertar momentos prazerosos e agradáveis, tanto naqueles que possuem suas lembranças preservadas quanto naqueles que passam por distúrbios que geram perda de memória, o que pode originar extremo bem-estar.
Além da memória, a música atua também nas funções cognitivas, como tomada de decisão, atenção e linguagem, que são processos que necessitam de um bom funcionamento para que o idoso se mantenha e se perceba ativo. Alguns lidam com perdas físicas, causadas pelo desgaste natural da idade ou não, e a prática musical se mostra um ótimo recurso para manter e aprimorar a coordenação motora e, em consequência, a qualidade de vida.
Pesquisas demonstram que o estudo de música estimula também a sociabilidade ao possibilitar ao idoso expressar suas emoções, o que se reflete na melhoria da linguagem corporal e da comunicação, o que permite a eles manterem uma boa relação social com familiares e amigos. Todos esses fatores influenciam também no aumento da criatividade, por vezes adormecida pela rotina do dia a dia e pouco exercitada pela falta de estímulos.
E a música também age de maneira significativa como auxiliar em tratamentos de doenças degenerativas como Alzheimer ou Parkinson – que, ao se desenvolverem, podem fazer que o indivíduo se torne mais agressivo – e até mesmo em casos de AVC (Acidente Vascular Cerebral), pelos estímulos cerebrais e musculares produzidos que melhoram a expressão corporal.
Tão importantes quanto esses fatores, no entanto, o estudo de música traz o enorme benefício de aumentar a autoestima, pois, além de tratar a saúde física e mental de quem o pratica, permite que se sinta ativo e produtivo, o que mantém acesa a vontade de viver.