Base de grande parte da produção musical ocidental, as escalas devem ser objeto de constante dedicação, tanto para o domínio de suas formas quanto para o processo de moldar a mão ao formato do teclado do piano. Da mesma forma que vários outros estudos propostos aos alunos de instrumentos de teclas, as escalas têm a fama de serem repetições entediantes que, na maioria das vezes, representam para o estudante apenas mais uma lição a vencer.
Na verdade, seu aprendizado é muito mais importante do que isso: com o correto estudo das escalas, o aluno passa a dominar o dedilhado nas mais variadas tonalidades, moldando sua mão ao formato do teclado, o que facilita, e muito, a execução de peças, tanto do repertório erudito quanto do popular, e a improvisação. Além disso, o estudo técnico-mecânico das escalas deve ser acompanhado de uma análise teórica sobre as possibilidades harmônicas e melódicas existentes ao piano.
Passagem do polegar
O maior benefício – e desafio – no estudo das escalas no piano é a passagem do polegar por baixo da mão e desta por cima dele, o que permite a execução de linhas melódicas compostas sobre graus sucessivos com sonoridade constante e legato perfeito, praticamente impossível de serem conseguidos sem esse artifício. Essa é a forma mais disseminada de dedilhado que foi desenvolvida ao longo da história dos instrumentos de teclas.
A escala de Do Maior é considerada a de execução mais fácil dentre as maiores porque utiliza apenas as teclas brancas do instrumento. Deve, contudo, ser estudada com atenção e cautela, até que os movimentos estejam automatizados, pois disso dependerá o aprendizado de todas as outras que se seguem. Exercícios preparatórios, portanto, são imprescindíveis.
O primeiro exercício proposto isola a movimentação do polegar do resto dos movimentos, prendendo as notas Ré e Mi com os dedos 2 e 3 enquanto o polegar faz a passagem por baixo deles. Para que seja produtivo, o exercício deve ser executado em andamento lento e com a contagem precisa. A pausa deve ser utilizada para posicionar o polegar sobre a próxima nota. O mesmo deve ser feito com a mão esquerda, em movimento contrário.O exercício seguinte (exercício 2) trabalha da mesma forma, mas utilizando a próxima passagem do polegar, sob os dedos 2, 3 e 4. Deve-se atentar para o fato de que a movimentação deve ser horizontal, sem qualquer rotação ou flexão do pulso. Desse modo, o raio de ação do polegar se expande e a precisão aumenta. O mesmo deve ser feito com a mão esquerda, em movimento contrário.Quando dominada a passagem do polegar com as notas presas, deve-se estudá-la com movimento.Em seguida, deve-se estudar toda a escala, primeiramente com as mãos separadas e, depois, com as mãos juntas, em movimento contrário. O movimento paralelo deve ser estudado somente após o movimento contrário estar completamente dominado.As escalas maiores de Sol, Ré, Lá e Mi seguem o mesmo dedilhado e devem ser estudadas da mesma forma.
Continue acompanhando nosso blog para mais conteúdo sobre pianos!
Puxa, legal demais estas dicas e estudos!
Amei a informação gostaria de mais exercícios.
Olá Edson, que bom que amou! Nós temos alguns artigos que falam de técnicas e exercícios. Confira:
Técnica de Beringer
Dez dicas para a hora de estudo de piano render
Conquistando agilidade com ajuda de Hanon