A fronteira entre o erudito e o popular, por vezes fortemente demarcada na história, foi diluída frequentemente por músicos e compositores que ousaram se entregar aos dois gêneros. No Brasil, são muitos os exemplos daqueles que trafegaram pelos dois mundos unindo o melhor de ambos em prol da música. Um dos mais destacados foi Radamés Gnattali, pianista, compositor, arranjador e maestro que atuou em praticamente todos os terrenos: deixou vasta obra sinfônica e camerística e foi um dos mais importantes arranjadores brasileiros, com pelo menos cinco décadas de atuação em música popular.
Categoria: Pianistas
Rachmaninoff – o último romântico
Em 1980, o filme “Em Algum Lugar do Passado” chegou aos cinemas trazendo a história de um jovem que retorna ao passado para resgatar seu grande amor. A mistura de romance e ficção fez muito sucesso por conta do enredo e dos atores, mas, em grande parte, também pela trilha sonora. O destaque da trilha era uma composição de Rachmaninoff, a 18ª Variação da Rapsódia sobre um Tema de Paganini, que servia de tema de amor a cada vez que o personagem lembrava de sua amada.
Lina Pires de Campos, formadora de pianistas e compositora
Ângela Del Vecchio Pires de Campos, mais conhecida como Lina Pires de Campos, foi pianista, compositora e uma das mais importantes professoras de piano em São Paulo. Nasceu na capital paulista em 18 de junho de 1918, filha do imigrante italiano e luthier Angelo Del Vecchio.
Sua família sempre trabalhou com música, fabricando violões, violinos, bandolins e cavaquinhos. Seu primeiro contato com o piano foi com Atílio Bernardini, professor de vários instrumentos, e, posteriormente, foi aluna de Leo Peracchi e Ema Lubrano Franco.
Claude Debussy – o piano impressionista
O que produções hollywoodianas como Assim Caminha a Humanidade (1956), Onze Homens e um Segredo (2001), A Saga Crepúsculo: Eclipse (2010) e Uma Noite de Crime (2013) têm em comum? Você pode pensar em atores, diretores ou mesmo produtores. Mas, se juntarmos a essa lista novelas da TV brasileira, peças de teatro, comerciais de perfume e muitos outros filmes, rapidamente se percebe que a resposta só pode ser uma: a música. “Clair de Lune”, a mais conhecida composição do francês Claude Debussy, é o fator comum a todas essas produções. Facilmente reconhecível, com certo ar etéreo que reflete serenidade e perenidade e delicadas alterações de sonoridade, a obra para piano recebeu várias versões, incluindo uma para orquestra do próprio compositor.
Robert Schumann: entre a genialidade e a loucura
Poucos artistas encarnaram tão bem os ideais do romantismo melancólico como Robert Schumann. Em sua obra, fica evidente o pessimismo profundo, influenciado por Byron, e os grandes dramas que viveu. Schumann correspondeu aos parâmetros do romantismo, nos quais amores impossíveis se alternavam com insanidade, delírios e atração pela morte.