A fronteira entre o erudito e o popular, por vezes fortemente demarcada na história, foi diluída frequentemente por músicos e compositores que ousaram se entregar aos dois gêneros. No Brasil, são muitos os exemplos daqueles que trafegaram pelos dois mundos unindo o melhor de ambos em prol da música. Um dos mais destacados foi Radamés Gnattali, pianista, compositor, arranjador e maestro que atuou em praticamente todos os terrenos: deixou vasta obra sinfônica e camerística e foi um dos mais importantes arranjadores brasileiros, com pelo menos cinco décadas de atuação em música popular.
Dez dicas para sua hora de estudo render
Há a lenda de que para um pianista se formar é necessário que ele estude 9 horas por dia. Apesar de, em parte, isso ser verdadeiro, apenas se aplica a quem pretende ser um concertista, dominando todas as técnicas e desenvolvendo uma virtuosidade ímpar. Mas, na realidade, nem nesses casos tanto tempo de estudo diário é necessário, desde que a rotina seja bem organizada. A maioria dos pianistas afirma que uma média de 5 a 6 horas de estudo é suficiente para formar um virtuose.
Como atualmente pouquíssimas pessoas tem tanto tempo para o estudo, e menos ainda são as que pretendem ou podem se dedicar exclusivamente ao piano, é fundamental que os poucos momentos em que o músico tenha contato com o instrumento sejam extremamente proveitosos e prazerosos. E é importante lembrar que vale mais uma hora de estudo todos os dias do que 6 horas uma vez na semana: a constância é muito mais importante e traz resultados muito melhores.
Para auxiliar nesses momentos, elaboramos uma série de dicas que podem fazer uma hora bem estudada render mais que 5 ou 6 desperdiçadas em repetições inúteis.
Como se acompanhar ao piano
Um dos maiores desejos daqueles que se dedicam ao piano é conseguir se acompanhar enquanto canta, como fazem Ivan Lins, Guilherme Arantes, Elton John, Stevie Wonder, Alicia Keys e muitos outros. Embora isso não exija a mesma virtuosidade de um concerto para piano e orquestra, o grande desafio para quem se acompanha é conseguir se concentrar ao mesmo tempo nas dificuldades do canto – o que inclui afinação, letra, dicção e, obviamente, interpretação – e da execução pianística.
Rachmaninoff – o último romântico
Em 1980, o filme “Em Algum Lugar do Passado” chegou aos cinemas trazendo a história de um jovem que retorna ao passado para resgatar seu grande amor. A mistura de romance e ficção fez muito sucesso por conta do enredo e dos atores, mas, em grande parte, também pela trilha sonora. O destaque da trilha era uma composição de Rachmaninoff, a 18ª Variação da Rapsódia sobre um Tema de Paganini, que servia de tema de amor a cada vez que o personagem lembrava de sua amada.
O peso das teclas do piano: Você sabe a importância?
Você já deve ter notado que alguns pianos são mais fáceis de tocar ao passo que outros exigem maior esforço. Alguns parecem mais uniformes e suaves na relação de nota a nota, e, em outros, a sensação é de que cada tecla requer tratamento especial para produzir uma sonoridade uniforme.