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Mozart

Mozart – o gênio precoce

Wolfgang Amadeus Mozart, foi um músico e compositor austríaco, considerado um dos maiores nomes da música erudita e um  de seus mais importantes compositores. São dele muitas das composições mais famosas do repertório clássico, popularizadas por um sem-número de interpretações e releituras, nos mais variados gêneros e estilos.

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Sua importância vai além das belas obras, mais de seiscentas, que escreveu com a mesma desenvoltura em gêneros instrumentais e vocais, em que se destacam a ópera, a música de câmara e a música para piano.

Como compositor, Mozart, ao mesmo tempo, rompeu com muitos padrões e aperfeiçoou o tradicional, incorporando novos elementos às formas recém-estabelecidas da época. Além disso, representa um importante ponto de transição ao tentar estabelecer-se como músico independente na Viena dos anos de 1780.

Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, mais conhecido como Wolfgang Amadeus Mozart, nasceu em Salzburg, na Áustria, no dia 27de janeiro de 1756, um dos setes filhos do compositor, cantor, ator e violinista profissional Leopold Mozart (1719-1787) e de Anna Maria Walburga Pertl (1720-1778).

Teve os primeiros contatos com o cravo aos quatro anos de idade, quando seu pai dava aulas a sua irmã Maria Anna (1751-1829), apelidada de Nannerl. Nessas aulas, após a irmã deixar o instrumento, Wolfgang tomava seu lugar e começava a tocar, demonstrando habilidade espantosa. Isso chamou a atenção do pai que resolveu investir nesse talento, passando a ensinar ao casal de irmãos. Não demorou muito e o garoto já compunha duetos e pequenas composições para dois pianos, com a finalidade de serem interpretados com sua irmã.

O pai percebeu nisso uma possibilidade de ganhar dinheiro, visto que vivia em dificuldades com o pequeno salário que recebia pelo trabalho na igreja do Arcebispo Schrattenbach.

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A dupla realizou várias apresentações tocando para reis, rainhas e duques em grandes festas das cortes desses países. Mas, rapidamente, a talentosa Maria Anna foi ofuscada pelas performances de seu irmão.

Aos seis anos, o pequeno Mozart realizou sua primeira turnê pela Europa. Aos nove, já era autor de sinfonias. Aos 12 compôs sua primeira ópera, La finta semplice e, aos quinze, já havia compilado mais de uma centena de obras substanciais.

Em 1771, Wolfgang fixou-se em Salzburg, para trabalhar com o pai na corte do arcebispo local, onde foi nomeado Konzertmeister da corte, o equivalente ao cargo de violinista principal. Partiu para a Itália, onde recebeu honrarias e mergulhou na música local.

Sua tranquilidade cessa ao voltar à cidade-natal, quando começa a ser tratado com hostilidade pelo novo arcebispo de Salzburgo, Hieronymus Colloredo.

Em 1777, depois de pedir demissão da corte, passou a viver em Viena, sobrevivendo de seus concertos, da publicação de suas obras e de aulas particulares.

Em 1781, após encomenda, leva para Munique, a ópera “Idomeneo”, uma das mais notáveis de sua carreira e, no ano seguinte, mesmo sem a aprovação de seu pai, casa-se com Constanze Weber, com quem teve dois filhos.

Os anos de 1781 até 1786 foram os mais produtivos de Mozart, várias óperas importantes foram compostas, entre elas, “O Rapto de Serralho”, “As Bodas de Fígaro”, sonatas para piano, músicas de câmara, em especial os seis quartetos de cordas dedicadas a Haydn, e diversos concertos para piano.

A partir de 1786, mesmo com o sucesso de suas obras, sua popularidade começou a declinar, Mozart começou a enfrentar problemas financeiros e de saúde. A salvação chegou com a criação de uma ópera para o povo, encomendada, em 1791, por um amigo maçom.

“A Flauta Mágica” estreou triunfante em um pequeno teatro popular na periferia de Viena. Surgiram mais encomendas, em especial um “Réquiem”, solicitado pelo conde von Walsegg zu Stuppach.

Bastante doente, Mozart aos poucos escreveu a missa fúnebre, que ficou inacabada. Em novembro do mesmo ano, caiu de cama para não mais levantar-se, e em 5 de dezembro de 1791, morreu. O Réquiem foi completado, tempos depois, pelo discípulo Franz Xaver Süssmayr, a pedido de sua esposa.

A obra para piano de Mozart

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Mozart era um grande pianista, um dos maiores virtuoses de todos os tempos, embora em sua época isso tivesse um significado diferente do atual. Escreveu para o pianoforte, um instrumento de menor potência e sustentação sonora do que o piano romântico.

Mozart utilizou, como a maioria dos compositores clássicos, a forma-sonata como estrutura básica para os movimentos mais importantes de suas composições.

Com origens nas estruturas bipartidas de Domenico Scarlatti desenvolvidas por Carl Philipp Emanuel Bach e consolidadas por Joseph Haydn, a forma-sonata apresenta estrutura simétrica dividida em três seções bem definidas e contrastantes: uma exposição onde dois temas distintos são apresentados, o primeiro na tônica da peça, e o segundo na dominante; um desenvolvimento, onde os dois temas são explorados e combinados de várias maneiras, e uma recapitulação, onde o material da exposição é retomado na forma de uma conclusão.

As sonatas para piano e violino de Mozart mostram a evolução do conceito dessa forma e as quatro últimas obras para essa formação merecem lugar ao lado de suas maiores criações em outros gêneros. Seus dois quartetos de cordas com piano (1785–1786) são obras também importantes e originais, já que ele não teve muitos modelos em que se inspirar.

As dezoito sonatas para piano solo que Mozart compôs testemunham a evolução dessa forma. Entre 1777–1778 compôs uma série de sete delas, um grupo cheio de passagens de grande brilho pianístico e movimentos lentos muito sensíveis, com a parte da mão esquerda adquirindo importância equiparável à da direita. Desse grupo é a sonata em Lá Maior K331, cujo finale é o conhecido Rondò alla turca.

A música de Mozart é basicamente homofônica, definida como uma linha melódica suportada por uma harmonia vertical, com uso parcimonioso de modulações e de dissonâncias, colocadas em pontos estratégicos e logo resolvidas.

Sua harmonia é clara, extremamente rica em sutilezas e soluções originais, e seu uso da dissonância, do desenho motívico e das dinâmicas atende a propósitos eminentemente expressivos.

As sonatas de seus anos finais permanecem injustamente negligenciadas pelo público moderno, por conta de seu caráter enganadoramente simples, com uma límpida linha melódica e uma harmonia clara, sem muitas modulações e sem dificuldades excepcionais para um instrumentista mediano, o que faz muitas delas serem executadas mais por estudantes de piano do que nos concertos.

Os 27 concertos para piano e orquestra estão escritos seguindo o esquema clássico: um primeiro movimento rápido, um segundo lento e um terceiro rápido. Os primeiros andamentos sempre estão compostos em forma-sonata; o segundo, em forma sonata abreviada; e o terceiro, como rondó. Todos estão escritos em tonalidades maiores, com exceção do n.º 20, em Ré Menor, e do n.º 24, Dó Menor.

Em seus concertos, Mozart exige enorme habilidade técnica do solista, ao mesmo tempo em que apresenta domínio completo dos recursos oferecidos pela orquestra, criando um amplo leque de ambientes e emoções.

Em linhas gerais, essas obras apresentam caráter improvisatório e virtuosístico, sobretudo nos primeiros andamentos, que extrapolavam todas as possibilidades técnicas do piano da época.

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