Um sarau se caracteriza como um evento musical ou literário que acontece em casas particulares de pessoas que se reúnem com o intuito de promover a integração social e cultural de um determinado grupo. A palavra origina-se do latim “seranus” que significa serão, ou seja, atividade que é realizada durante a noite. Os saraus foram muito populares durante os séculos 19 e 20 por permitirem que criações de jovens autores, sejam eles escritores ou compositores, pudessem ser compartilhadas com esses grupos, tornando-as conhecidos dentro de determinado nicho, até que se popularizassem.
Autor: fritzdobbert
A mais conhecida obra para piano de Beethoven, “Pour Elise”
Em 17 de dezembro de 2020 comemora-se o 250º aniversário do nascimento de um dos maiores gênios da música: Ludwig van Beethoven. Para marcar a data, centenas de eventos foram programados para este ano por todo o mundo, desde sua cidade natal, Bonn, na Alemanha. No entanto, a maioria deles teve que ser cancelada ou adiada por conta da pandemia que assolou o planeta. Concertos e recitais com a presença do público foram, por ora, descartados, mas gravações estão sendo lançadas e muitas apresentações ocorrendo pelos canais de internet.
Não podíamos deixar a data passar em branco e, de agora até a data de aniversário do gênio alemão, publicaremos uma série sobre as principais obras para piano que ele compôs, explicando os detalhes de suas criações. Para iniciar, “Pour Elise”, talvez a obra mais popular de Beethoven, seja por ser acessível a estudantes ou pelo tema principal, tão peculiar.
A moderna tendência dos pianos personalizados
Assim como seus antecessores, os modelos de pianos atuais constituem verdadeiras obras de arte. Além de produzidos com as mais modernas técnicas constitutivas e materiais de alta qualidade, esses instrumentos têm a atenção de técnicos e engenheiros de grande gabarito e de equipes especializadas em acabamentos, tanto naturais – que destacam os veios, os desenhos e a beleza de lâminas de madeiras nobres, como imbuia, nogueira, carvalho e macassá – quanto os tradicionais branco ou preto.
Clara Sverner, a versátil pianista
Intérprete de raro talento, reconhecida por público e crítica do Brasil e do exterior, Clara Sverner é uma pianista paulistana, nascida em 29 de agosto de 1936. A descoberta do piano aconteceu de maneira um tanto quanto insólita: aos 4 anos de idade, percorreu sozinha os corredores escuros de um hotel na cidade de São Lourenço, em Minas Gerais, onde a família passava férias, para descobrir de onde vinha o som que ela ouvia. Dessa forma descobriu o instrumento e, a partir daí, esse passou a ser seu objeto de desejo. Em seu aniversário de 5 anos, ganhou de presente seu primeiro piano e, pouco mais de um ano depois, já interpretava peças de Schumann em auditórios de rádio, durante programas transmitidos ao vivo para a capital paulista. Aos 11, venceu o Concurso Bach, interpretando uma Suíte Inglesa, e aos 12 fez sua estreia com orquestra sob a regência de Armando Belardi.
Como tocar bossa nova no piano
Um dos estilos musicais mais influentes na música do mundo todo, a bossa nova teve suas origens em solo brasileiro, com raízes no samba e no jazz. Contrariando a tradição da época, os cantores abandonaram a impostação vocal e passaram a cantar de forma mais intimista, por vezes até sussurrando. O grande inspirador dessa tendência foi João Gilberto que, em 1958, gravou o samba “Chega de Saudade”, de autoria de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, lançado originalmente por Elizeth Cardoso no álbum Canção Do Amor Demais. O acompanhamento ao violão feito pelo baiano trazia, pela primeira vez, a batida que se tornaria característica do estilo.
Mas, apesar de a bossa nova ter ficado caracterizada pelo bordão “um banquinho, um violão”, o piano teve importância ímpar tanto na criação do estilo quanto em sua popularização. Muitos foram que contribuíram para a consolidação do estilo e agregaram elementos que fizeram da bossa nova um marco na história da música. Entenda como tocar bossa nova no piano em nosso artigo.