Intérprete de raro talento, reconhecida por público e crítica do Brasil e do exterior, Clara Sverner é uma pianista paulistana, nascida em 29 de agosto de 1936. A descoberta do piano aconteceu de maneira um tanto quanto insólita: aos 4 anos de idade, percorreu sozinha os corredores escuros de um hotel na cidade de São Lourenço, em Minas Gerais, onde a família passava férias, para descobrir de onde vinha o som que ela ouvia. Dessa forma descobriu o instrumento e, a partir daí, esse passou a ser seu objeto de desejo. Em seu aniversário de 5 anos, ganhou de presente seu primeiro piano e, pouco mais de um ano depois, já interpretava peças de Schumann em auditórios de rádio, durante programas transmitidos ao vivo para a capital paulista. Aos 11, venceu o Concurso Bach, interpretando uma Suíte Inglesa, e aos 12 fez sua estreia com orquestra sob a regência de Armando Belardi.
Autor: fritzdobbert

Como tocar bossa nova no piano
Um dos estilos musicais mais influentes na música do mundo todo, a bossa nova teve suas origens em solo brasileiro, com raízes no samba e no jazz. Contrariando a tradição da época, os cantores abandonaram a impostação vocal e passaram a cantar de forma mais intimista, por vezes até sussurrando. O grande inspirador dessa tendência foi João Gilberto que, em 1958, gravou o samba “Chega de Saudade”, de autoria de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, lançado originalmente por Elizeth Cardoso no álbum Canção Do Amor Demais. O acompanhamento ao violão feito pelo baiano trazia, pela primeira vez, a batida que se tornaria característica do estilo.
Mas, apesar de a bossa nova ter ficado caracterizada pelo bordão “um banquinho, um violão”, o piano teve importância ímpar tanto na criação do estilo quanto em sua popularização. Muitos foram que contribuíram para a consolidação do estilo e agregaram elementos que fizeram da bossa nova um marco na história da música. Entenda como tocar bossa nova no piano em nosso artigo.

Os pianistas da bossa nova
Mais internacional e icônico movimento da música brasileira, a bossa nova surgiu na década de 1950, oficialmente a partir da Zona Sul do Rio de Janeiro. O marco inicial do estilo é o samba “Chega de Saudade”, de autoria de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, lançado originalmente por Elizeth Cardoso no álbum Canção Do Amor Demais, em 1958. O acompanhamento ao violão feito pelo baiano João Gilberto – que gravou pouco depois a canção em um 78 RPM, ao lado de “Bim Bom” – trazia, pela primeira vez, a batida que se tornaria característica do estilo.
Mas, apesar de a bossa nova ter ficado caracterizada pelo bordão “um banquinho, um violão”, o piano teve importância ímpar tanto na criação do estilo quanto em sua popularização. Bem antes de Elizeth e João Gilberto, o pianista, cantor e compositor Johnny Alf já havia lançado as bases do movimento em 1953, com a gravação da canção “Rapaz de Bem”, quando se tornou um dos maiores pianistas da bossa nova.

Olivier Messian, piano e pássaros
Ao lado de Stravinski, Schoenberg e Bartók, Olivier Messiaen é um dos maiores compositores da modernidade e sua música, ao contrário da regra, não sofreu resistência por parte do público e está se tornando cada vez mais popular.
Autor de grande produção – que vai de obras para piano e órgão à música de câmara, vocal e sinfônica – Olivier Eugène Prosper Charles Messiaen nasceu a 10 de dezembro de 1908, em Avignon, França, filho mais velho de Cécile Sauvage, uma poetisa, e Messiaen Pierre, um professor de Inglês, que traduziu as peças de William Shakespeare em francês.

O piano e o cinema mudo
No início da história do cinema, os filmes não possuíam trilha sonora, ou seja, eram “mudos”. Nessa primeira fase, a nova invenção enfatizava apenas o movimento: os filmes eram, geralmente, sem enredo, apresentando apenas o registro de imagens em movimento, como um trem chegando a uma estação, um homem regando seu jardim, homens jogando cartas, e coisas mais triviais. Por volta de 1900, os cineastas superaram os aspectos técnicos de apenas mostrar o movimento e começaram a contar histórias, transmitidas por meio de gestos suaves, mímica e letreiros explicativos.
Nessa fase, o diálogo, quando necessário, aparecia como uma grande legenda a ser lida pelos espectadores. Isso não quer dizer, no entanto, que se assistia aos filmes em absoluto silêncio, e é aí que piano e cinema mudo se encontram!