Originário de instrumentos simples como a harpa, o piano se transformou em uma máquina complexa, capaz de produzir uma infinidade de nuances e sonoridades, graças ao desenvolvimento de novas tecnologias desenvolvidas por diversos fabricantes e implantadas nele durante séculos.
Explorando a sonoridade do piano
O piano é um instrumento extremamente rico em sonoridades. Desenvolvido por séculos com a adição de recursos, o aprimoramento do mecanismo e o uso de materiais cada vez mais nobres e adaptados ao uso, o piano se tornou muito mais do que seus antecessores poderiam inspirar.
Nessa busca por inovar o instrumento, muitos fabricantes trabalharam auxiliados – ou inspirados – por grandes compositores, como Beethoven, Chopin ou Liszt. A necessidade de transmitir as novas sonoridades imaginadas por eles guiou o desenvolvimento do instrumento, ao passo que as inovações incorporadas a ele inspiraram a criação de músicas mais elaboradas que utilizassem os novos recursos.
Ouvido versus leitura musical
É muito comum entre estudantes de piano e aficionados por música a pergunta “preciso mesmo saber ler partituras?”. De fato, é bastante comum a afirmativa de que ler partituras e cifras é essencial para que um pianista seja completo. No caso da atuação profissional, muitos afirmam que aqueles que não se dedicam a esse aspecto estão destinados a perder as melhores oportunidades de trabalho.
Mas também é senso comum que sem um bom ouvido um músico deixa a desejar. E há pianistas que enxergam a música como algo mais artístico, autoral, o que diminui a necessidade de se aprofundar nos estudos.
Para responder à pergunta, portanto, cabem várias análises sobre qual o objetivo do estudante de música e do pianista e de quais ferramentas ela vai precisar para se desenvolver.
Radamés Gnattali – o revolucionário da música brasileira
A fronteira entre o erudito e o popular, por vezes fortemente demarcada na história, foi diluída frequentemente por músicos e compositores que ousaram se entregar aos dois gêneros. No Brasil, são muitos os exemplos daqueles que trafegaram pelos dois mundos unindo o melhor de ambos em prol da música. Um dos mais destacados foi Radamés Gnattali, pianista, compositor, arranjador e maestro que atuou em praticamente todos os terrenos: deixou vasta obra sinfônica e camerística e foi um dos mais importantes arranjadores brasileiros, com pelo menos cinco décadas de atuação em música popular.
Dez dicas para sua hora de estudo render
Há a lenda de que para um pianista se formar é necessário que ele estude 9 horas por dia. Apesar de, em parte, isso ser verdadeiro, apenas se aplica a quem pretende ser um concertista, dominando todas as técnicas e desenvolvendo uma virtuosidade ímpar. Mas, na realidade, nem nesses casos tanto tempo de estudo diário é necessário, desde que a rotina seja bem organizada. A maioria dos pianistas afirma que uma média de 5 a 6 horas de estudo é suficiente para formar um virtuose.
Como atualmente pouquíssimas pessoas tem tanto tempo para o estudo, e menos ainda são as que pretendem ou podem se dedicar exclusivamente ao piano, é fundamental que os poucos momentos em que o músico tenha contato com o instrumento sejam extremamente proveitosos e prazerosos. E é importante lembrar que vale mais uma hora de estudo todos os dias do que 6 horas uma vez na semana: a constância é muito mais importante e traz resultados muito melhores.
Para auxiliar nesses momentos, elaboramos uma série de dicas que podem fazer uma hora bem estudada render mais que 5 ou 6 desperdiçadas em repetições inúteis.