A pentatônica é uma das escalas musicais mais conhecidas e utilizadas em todo o mundo, não importando o estilo ou a cultura. O motivo disso é que ela é muito simples em sua forma e muito fácil de ser aplicada, com sonoridade que agrada desde iniciantes aos mais exigentes ouvidos.
Entenda tudo sobre a escala pentatônica maior no artigo!
O que é Escala Pentatônica Maior?
Por sua simplicidade, a escala pentatônica pode, a princípio, dar a impressão de que seu uso torna o arranjo para piano pouco sofisticado, mas, se bem utilizada, os efeitos que ela pode trazer são bem interessantes. Por conta disso, a pentatônica, principalmente a chamada pentatônica maior, é amplamente utilizada em diversos tipos de situação e estilos musicais, mas funciona bem especialmente no blues e nos estilos derivados dele, como o rock e o pop.
Apesar de ter conquistado notoriedade nesses estilos, a escala pentatônica maior está presente em diversas culturas, fazendo parte dos cantos folclóricos e ritualísticos de muitas delas. E, para ouvir a sonoridade de uma escala pentatônica, é muito simples: basta tocar as teclas pretas do piano, uma após a outra.
Formação e uso da pentatônica no piano
O termo “pentatônica” se refere, obviamente, ao número de notas que forma a escala – ou seja, cinco – e a escala pode ser identificada como maior ou como menor. Como nas outras escalas, a pentatônica pode ser gerada pelo ciclo de quintas que vem da série harmônica. Iniciando, por exemplo, em Dó, a quinta é Sol, cuja quinta é Ré, cuja quinta é Lá, cuja quinta é Mi. Dessa forma, já se tem as cinco notas que formam a escala pentatônica, não sendo necessário prosseguir pelo ciclo. Ordenando as notas dentro de uma mesma oitava, obtém-se Dó, Ré, Mi, Sol e Lá. Esta é a chamada escala pentatônica maior de Dó.
Outra forma de pensar a escala pentatônica maior é utilizar apenas cinco graus da escala maior (I, II, III, V e VI) ficando de fora o IV e o VII graus, que formam o trítono, uma dissonância que causa desconforto auditivo e deve ser resolvida. A escala pentatônica maior não apresenta esse tipo de dissonância, pois nenhuma combinação de suas notas estará distanciada por intervalo menor que um tom.
Algo a se notar é que a escala pentatônica maior, por não possuir intervalo de trítono, pode ser utilizada livremente dentro do campo harmônico de uma tonalidade maior, sem que se crie qualquer tipo de choque auditivo. Por conta disso, essa escala é a base de muitas improvisações, pois o músico pode “brincar” com essas notas sem medo de “errar”.
Para exercitar, considere uma progressão de acordes simples em Dó Maior (C – F – Am – G, por exemplo) e toque as notas da escala pentatônica maior em qualquer ordem, ascendentemente ou descendentemente, saltando graus, aplicando ritmos etc. Você perceberá que o efeito é arrebatador e todas as notas, quando tocadas, sempre geram uma melodia agradável.
É por isso que a escala pentatônica maior é a favorita de muitos músicos! Mesmo que você seja um iniciante, basta decorar como formá-la e você terá material para improvisar sobre uma progressão de acordes de uma tonalidade maior, sem correr o risco de escolher uma nota que não soe bem. Pratique!