Muitas vezes, durante o estudo ou mesmo em apresentações, o pianista percebe que alguns dedos não respondem tão bem quanto outros, seja em relação à agilidade ou à sonoridade. Alguns parecem mais fracos – e realmente são! – e o som que conseguem não se assemelha ao dos demais, assim como, ritmicamente, parecem não responder com tanta precisão.
Propomos 5 exercícios para igualdade dos dedos, mas é importante que você mantenha seus ouvidos atentos para perceber as diferenças existentes e quais merecem mais trabalho e esforço.
1 – Identifique passagens nas peças de piano que você toca nas quais está enfrentando dificuldades
Essas passagens podem ser desenhos rápidos, como escalas ou arpejos, ou mesmo oitavas e acordes. Toque cada passagem com as mãos separadas e ouça com o máximo de atenção; quanto mais você ouvir, mais perceberá qual dedo está desigual em relação aos outros.
A princípio, os estudantes têm certa dificuldade para perceber as sutis diferenças existentes, o que pode ser um desafio, mas, aos poucos e com a ajuda do professor, tudo se torna mais claro e é fácil identificar o dedo “vilão”.
2 – Distingue quais dedos não estão respondendo da maneira desejada
Depois de ouvir repetidamente, você deve ser capaz de distinguir quais dedos não estão respondendo da maneira desejada, seja pela sonoridade ou pela precisão rítmica.
Mantenha o dedilhado que você escolheu, mas marque essas notas na partitura para ter certeza de qual dedo está tocando qual nota naquela passagem.
3 – Estude a passagem lentamente
A pelo menos um quarto da velocidade habitual, acentue as notas tocadas pelo dedo com desempenho menos satisfatório.
Isso fará que você se atente para a sonoridade e a precisão desses dedos com mais cuidado, além de fortalecer os dedos mais fracos e aumentar a firmeza e a segurança.
4 – Preste atenção em todos os seus dedos
Os dedos mais fracos, como o quarto e o quinto, podem ser os “vilões” habituais, mas, em grande parte das vezes, o segundo ou o terceiro dedos também podem causar problemas, especialmente em arpejos e acordes quebrados.
E o polegar, muitas vezes, precisa de atenção, especialmente em passagens por baixo da mão.
5 – Utilize diferentes articulações para cada dedo ao estudar
Toque staccato com os dedos que precisam de mais controle e em tenuto todas as outras notas, ou seja, os dedos que estão funcionando bem. Alterne depois, tocando em tenuto os dedos que precisam de mais trabalho e em staccato os que parecem responder melhor.
Depois disso, tente tocar todo o trecho em diferentes dinâmicas, iniciando forte em andamento lento para perceber a uniformidade sonora e rítmica e, aos poucos, estude cada vez mais rápido, suavizando o toque, mas sem sacrificar a precisão.
Com esses exercícios para igualdade dos dedos, estudo direcionado e trabalho constante, qualquer estudante pode atingir a igualdade sonora e rítmica entre os dedos e ter total controle sobre os resultados alcançados.