Uma das grandes realizações de qualquer indivíduo é o aprendizado de um instrumento musical como o piano, por exemplo. Nos adultos, além de uma realização, essa prática traz enormes benefícios, como a ampliação da capacidade de concentração e memorização, a diminuição do estresse do dia a dia, o aumento da sociabilidade, o aprimoramento da coordenação motora e muitas outras, que incluem até mesmo o tratamento de doenças.
No entanto, por conta da falta de informação da maioria das pessoas, o estudo de piano na fase adulta é vítima de algum preconceito, principalmente quando se faz a comparação com a história de gênios da música como Mozart ou Beethoven, que iniciaram muito cedo.
Obviamente, qualquer aprendizado é mais fácil em tenra idade, mas isso não significa que quem já atravessou a infância não possa se realizar como músico.
Nesse caso, a velha máxima “estou muito velho para aprender” deve ser substituída por um novo lema: “estou ficando velho porque parei de aprender”!
Tocar um instrumento musical não é uma questão de idade, mas de dedicação, paixão e vontade!
A busca pela satisfação pessoal, frequentemente, é o combustível necessário para transpor barreiras, sejam elas de ordem prática – como a falta de tempo, o desgaste do cotidiano e as responsabilidades urgentes – ou psicológica.
Problemas e soluções no estudo do piano
Uma das grandes barreiras para o desenvolvimento de um pianista depois de adulto é a falsa impressão de que o que ele conquista nas aulas e em seu estudo diário é algo “infantil”. De fato, o estudo do piano é progressivo, e pular etapas pode ser mais prejudicial do que produtivo.
No início, as músicas não carregam em si a complexidade harmônica ou a riqueza melódica de composições de Chopin ou Liszt, mas há diversas obras de autores consagrados como Bach ou Villa-Lobos escritas especificamente para os iniciantes. E isso se tratando apenas de música erudita!
No campo popular – em que melodias e harmonias são, geralmente, mais simples -, um bom professor adaptará canções ao conhecimento técnico e teórico do aluno, de forma que ele se desenvolva de maneira prazerosa.
Em todos os gêneros há músicas interessantes que servem como motivação, basta buscar referências e se inspirar. Cada conquista trará enorme satisfação e motivação para progredir. E é importante que o adulto seja gentil consigo mesmo e menos crítico em relação aos progressos conquistados.
Diferentemente das crianças – que aprendem música, muitas vezes, por imposição dos adultos ou mesmo por influência de seu grupo de amigos -, os adultos costumam ser mais sinceros em sua motivação e, por esse motivo, devem ser mais honestos em relação a suas ambições.
É importante para o professor saber quais são elas e ter sensibilidade em relação a isso, com o intuito de melhor orientar o estudante e exigir dele o que for necessário para que atinja seus objetivos, tendo em vista suas habilidades.
É fundamental trabalhar em etapas e com metas claras e precisas. Quanto mais longe um estudante pretende chegar na arte da música, mais ele deve se dedicar.
Uma questão comum é sobre quanto tempo se leva para aprender piano. De forma alguma o aluno deve comparar-se com colegas, seja de que idade forem: cada um tem seu próprio ritmo de aprendizado e suas ambições.
A prática musical não deve ser encarada como uma competição, mas como forma de desenvolvimento físico, mental e psicológico, que pode atingir patamares muito elevados e se transformar numa verdadeira expressão artística individual. A palavra-chave, portanto, não é tempo, mas disciplina: o principal elemento no aprendizado do piano para um adulto é a regularidade dos estudos.
O adulto está em busca de eficiência. O professor deve, portanto, adaptar sua metodologia e sua didática, levando em consideração a cultura musical e os gostos dele.
Nesse contexto, é fundamental que ambos estejam em sintonia e conversem sobre as expectativas em relação às aulas, assim como sobre as preferências de repertório e o tempo disponível para estudo. É importante estabelecer um clima de confiança, especialmente se o professor em questão for mais novo que o aluno, fato bem comum nas escolas de música.
Apresentações, gravações e prática de conjunto também devem ser discutidas, para que o adulto faça apenas aquilo que tenha vontade ou, falando de outra forma, lhe traga prazer.
O adulto tem capacidade analítica e poder de decisão, portanto o professor deve explicar o objetivo de cada uma dessas atividades de forma que o aluno decida se as considera importante para seu desenvolvimento e sua realização pessoal.
Mas é necessário que o adulto seja honesto em relação à prática do instrumento: não se aprende coisa alguma sem dedicação, mas as aulas e o estudo do piano não podem ser tornar mais uma tensão na vida dele.
Tocar um instrumento deve ser sempre prazeroso e, por conta disso, a prática diária, ao contrário de uma obrigação, deve ser encarada como momentos de dedicação a si mesmo e de afastamento das atribulações do dia a dia, verdadeira terapia em que ele se dedica ao exercício de uma tarefa agradável, que o acalme e revitalize para enfrentar os demais desafios.
Inscreva-se em nosso blog para receber conteúdos incríveis relacionados a piano e música!
Sempre estudei música. Meu pai foi músico por 67 anos da banda da cidade.Qdo jovem estudei violão.
Depois teclado. Mais tinha um sonho q só pude realizar qdo me aposentei. Tenho 62 anos, à 3 anos estudo piano. Foi a melhor coisa q resolvi fazer.
A música é realmente fantástica, não é mesmo? São tantas histórias e recordações… Ficamos extremamente felizes que você tenha realizado esse sonho.
Bom dia, obrigada por o incentivo Deus abençoe
Por nada Marcia! Que Deus te abençoe também 🙂