Embora seja possível tocar piano de pé – ao estilo de Jerry Lee Lewis e outros astros do rock e do pop -, um banco ou uma banqueta é imprescindível para o pianista, seja pela firmeza e pela segurança que oferece ao músico durante as performances, seja por causa das muitas horas de estudo que ele dedicará ao instrumento.
O piano nasceu em uma época em que não havia preocupação com a ergonomia, ou seja, como homem e máquina se relacionam e interagem de forma a garantir segurança e eficiência ideais. Trocando em miúdos, ninguém se preocupava se aquela era a melhor forma de garantir conforto, evitar dores e prolongar o estudo: bastava um lugar para sentar.
Com o tempo, os pianistas passaram a ser mais exigentes, por conta das dificuldades técnicas inseridas nas obras e pela necessidade de mais tempo de estudo. Nesse contexto, há uma infinidade de tipos e tamanhos de bancos de pianos, desde os de altura fixa, passando pelos de altura ajustável e, até mesmo, cadeiras.
Um dos mais populares – e que aos poucos vem deixando de ser usado – é o mocho, uma banqueta redonda com três pés, cuja altura é regulada pelo parafuso responsável por fixar o assento. É até folclórica a cena do pianista girando o banco e aumentando sua altura.
O mocho era comercializado com os pianos mais populares, pois sua construção é frágil, não oferecendo ao pianista a segurança e a estabilidade necessárias para uma performance mais exigente. O assento pode ser de madeira ou estofado, com acabamento em tecido ou couro. Embora ainda seja muito utilizado em pianos de estudo, seu uso em apresentações é raro, senão inexistente.
Os pianos de armário, geralmente, são acompanhados por banquetas retangulares, de altura fixa ou regulável, alguns com porta-partituras embutido no corpo, abaixo do tampo. A largura é proporcional à do instrumento, mas, geralmente, fica entre 50 e 65 cm, o suficiente para a movimentação do pianista, com segurança, durante o estudo e a performance: os quatro pés garantem a estabilidade. Da mesma forma que os mochos, o assento pode ser de madeira ou estofado.
As banquetas dos pianos de cauda costumam ser maiores, entre 70 e 95 cm ou mais, a fim de acomodar dois pianistas. Também podem apresentar altura fixa ou regulável, alguns com o mecanismo oculto, de forma que o público não veja o espaço entre a base e o assento.
Para o estudo – e mesmo para performances, em alguns casos – banquetas com encosto, em forma de cadeira e com altura regulável, estão sendo utilizadas. Elas permitem ao músico se apoiar em alguns momentos, o que é extremamente útil para estudos prolongados e que não exijam forte movimentação.
A escolha da banqueta
Quando se adquire um piano, normalmente, ele vem acompanhado de uma banqueta. E a troca desse elemento só deve ser feita se necessário pois, além de possuir o mesmo acabamento do instrumento, sua altura, quando fixa, é calculada de acordo com a altura do teclado, de forma a oferecer a melhor postura para o pianista.
Geralmente, os proprietários de pianos se habituam à altura do banco de seu instrumento e buscam, sempre que possível, o ajuste ideal para sua performance quando tocando em outros modelos.
Professores de piano, que recebem muitos alunos para tocar no mesmo instrumento, podem precisar de uma banqueta de altura regulável, para que cada aluno se posicione da melhor forma possível, mantendo a postura recomendada pelo mestre.
Diferentes escolas pianísticas adotam posturas específicas a fim de otimizar o estudo e a performance, e cada pianista tem uma compleição física diferente, o que, por vezes, exige adaptações e ajustes individuais.
O mais importante, no entanto, é que a banqueta garanta a estabilidade e a segurança do músico e suporte seus esforços para interpretar as obras com todas as nuances que possuem.
Por conta disso, a escolha de uma nova banqueta, quando necessária, deve ser feita com cuidado, para que vícios de postura não comprometam nem o resultado sonoro, muito menos a saúde do músico.
Agora que você já está por dentro de como escolher uma banqueta adequada, que tal conferir os bancos da Fritz Dobbert? Continue acessando nosso blog para mais artigos!