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homem idoso retomando estudo de piano

Dicas para quem quer retomar os estudos

homem idoso retomando estudo de piano

Durante o ano de 2020, foi notável o número de pessoas que voltaram a estudar piano por causa da pandemia. E isso tem muitas explicações: o isolamento social, o “ficar em casa”, a vontade de se expressar e, principalmente, o desejo de realizar um sonho que havia sido deixado de lado. Apesar desse fenômeno ter sido alavancado nesse período, não é raro que quem tocou piano em alguma época da vida queira retomar os estudos de piano. Afinal, a música faz parte da vida de todos, e quem um dia se dedicou a ela sabe os benefícios que ela traz.

O que costuma ocorrer é que essa vontade de retomar os estudos geralmente é acompanhada de um senso de urgência e, por conta disso, o estudante não leva em consideração o tempo que ficou sem estudar ou mesmo tocar o instrumento. E é comum alguém que retome os estudos se atirar ao piano com o mesmo ímpeto que tinha anteriormente, na época em que estudava regularmente.

O fato é que nem sempre a memória (seja ela sensorial, visual/auditiva ou processual) acompanha esse ímpeto e alguns elementos podem ter sido esquecidos. Há ainda questões relativas à coordenação motora e à memória muscular, sem falar em hábitos adquiridos durante esse período que podem dificultar a performance. Para evitar frustrações, desconfortos e outros problemas, listamos aqui algumas dicas para quem está voltando a estudar, seja por conta da pandemia ou por qualquer outro motivo, que farão que seu retorno à atividade musical seja produtivo e, principalmente, prazeroso.

Repertório

menina estudando repertório de piano

Quando alguém quer retomar os estudos de piano, seja solitariamente ou com um professor, costuma separar as partituras do repertório com que mais se identificava e que tinha mais prazer em tocar para dar vazão a essa vontade. O fato é que muitas vezes, ao tentar tocar essas músicas, o resultado não é tão bom quanto o esperado e a pessoa se frustra, acreditando que “perdeu o jeito”, ou “não lembra mais nada”.  Longe disso ser verdade, é apenas parte do processo de retomar uma atividade há muito interrompida. Por todos os fatores apresentados anteriormente, é justo esperar que as primeiras tentativas não sejam tão espetaculares quanto o desejado, mas é apenas questão de tempo… E de estudo!

Paciência é a palavra-chave para relembrar as músicas, escolhendo trechos pequenos de maior facilidade e, aos poucos, adicionando outros, mais complexos. Deve-se separar um tempo para o estudo de cada parte, sem a pretensão de tocar a música toda “de primeira”. Depois, pode-se juntar pedaço por pedaço conforme vão sendo dominados e, em pouco tempo, se consegue uma bela execução. Se ainda assim parecer que o repertório está muito difícil, ninguém deve se acanhar em procurar algo mais fácil para retomar as atividades, afinal, um esportista não volta à antiga forma correndo uma maratona. Para tudo, é preciso preparação!

Tempo de estudo

mulher separando um tempo de estudo de piano

Estudantes de alto nível chegam a estudar de 7 a 8 horas de piano diariamente, se não mais! Quem já teve essa experiência pode acreditar que conseguirá o mesmo feito. Mas, frequentemente, o corpo já não responde da mesma forma e ficar numa mesma posição durante horas a fio exercitando músculos e tendões do tronco, dos braços e das mãos – sem falar no impacto à coluna – pode ser dolorido.

O ideal é dividir o tempo livre e iniciar com sessões curtas de estudo, aumentando aos poucos o tempo dedicado ao piano. E, a qualquer sinal de cansaço ou dor, relaxar por alguns minutos até perceber que tudo está bem. De modo algum deve-se ir além dos limites do corpo, com o risco de transformar o que é prazer em problema. Costuma-se dizer que meia hora de estudo concentrado é mais produtivo que 8 horas de estudo displicente. Isso também vale em relação ao corpo: meia hora de estudo prazeroso vale mais que 8 horas de estudo dolorido!

Professor

professora ensinando a tocar piano

Muitos acreditam que para retomar os estudos de piano é necessário um professor. Por outro lado, há quem diga que a atividade é apenas para lazer e não é preciso alguém para orientá-lo.  Ambos podem estar corretos, mas o ideal é que a qualquer sinal de dificuldade, o estudante tenha a quem recorrer. Por vezes, até mesmo um amigo ainda atuante no meio ou quem tenha tido a mesma dificuldade pode ajudar. Mas há casos em que a ajuda profissional é muito bem-vinda, seja para resolver problemas técnicos ou orientar o estudante sobre qual o melhor caminho para retomar as atividades. De toda forma, vale pesquisar muito, se atualizar, ouvir muitas gravações e ter boas referências. Tudo isso pode ajudar o estudante a encurtar o caminho e voltar à antiga forma.

Bom estudo!

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