Durante o ano de 2020, foi notável o número de pessoas que voltaram a estudar piano por causa da pandemia. E isso tem muitas explicações: o isolamento social, o “ficar em casa”, a vontade de se expressar e, principalmente, o desejo de realizar um sonho que havia sido deixado de lado. Apesar desse fenômeno ter sido alavancado nesse período, não é raro que quem tocou piano em alguma época da vida queira retomar os estudos de piano. Afinal, a música faz parte da vida de todos, e quem um dia se dedicou a ela sabe os benefícios que ela traz.
Maurice Ravel, o autor do “Bolero”
Poucos são aqueles que nunca ouviram uma das mais emblemáticas obras escritas para orquestra, o famoso “Bolero”, de Maurice Ravel. No entanto, apesar da fama da composição, muitos não conhecem a totalidade da obra do francês, nem tampouco fazem ideia de sua importância para a música do início do século 20.
Ravel não foi um músico revolucionário, pois, na maior parte de sua obra, se nota sua satisfação em trabalhar dentro das convenções formais e harmônicas estabelecidas em sua época, ainda firmemente enraizadas na tonalidade. Deixando como legado importantes obras para piano, Ravel tratou o instrumento de forma tão pessoal que se pode dizer que forjou uma linguagem própria, que carrega a marca de sua personalidade tão fortemente quanto as obras de Bach ou Chopin.
A frase “a tradição é a personalidade dos imbecis”, proferida pelo compositor, ilustra bem sua concepção artística. Continue a leitura para saber um pouco mais sobre sua história!
Como desenvolver a mão esquerda?
Estima-se que cerca de 10% da população mundial seja formada por pessoas canhotas, ou seja, aquelas que utilizam preferencialmente a mão ou o pé esquerdos. Mas não se sabe ainda o porquê dessa predileção, pois não há fatores genéticos comprovadamente ligados a ela. O que se sabe é que os canhotos passam por muitas dificuldades. Em diversas culturas (inclusive no Brasil), os canhotos eram obrigados a usar a mão direita! E essa parcela da população foi extremamente discriminada durante os séculos 18 e 19, sendo que, em determinadas épocas, escrever com a mão esquerda significava algo ruim e era passível de morte.
Fábio Caramuru, ecologia e música integradas
Ao falar de Fábio Caramuru, um fato chama a atenção: o pianista foi o último aluno da consagrada pianista Magdalena Tagliaferro, com bolsa do governo francês, em Paris, na década de 1980. Mas engana-se quem pensa que o pianista atingiu sua realização artística no campo erudito, “repetindo as mesmas fórmulas”, como ele mesmo afirma. A busca por uma linguagem mais abrangente, que desse a ele maneiras de extravasar de forma mais eficiente sua criatividade, o fez percorrer um caminho ainda mais rico, em que diferentes estilos e gêneros musicais coexistem e dialogam.