Você se decidiu a estudar piano, comprou um instrumento e agora está à procura de uma escola de música ou professor. Dentre as diversas opções disponíveis, muitas vezes é difícil saber como escolher. Por isso, fizemos este pequeno guia para te ajudar a encontrar quem atenda a suas necessidades e possa lhe orientar em seu desenvolvimento musical.
Escola ou professor?
Se o desejo é o de aprender a tocar piano sem o objetivo de prestar um vestibular de música, graduar-se ou dar aulas, tanto um professor particular quanto uma escola podem atender bem.
No geral, as escolas de música, além das aulas de instrumento, possuem algumas disciplinas teóricas que podem ajudar a quem quer se profissionalizar e um currículo de estudos mais formalizado e completo, ao passo que professores particulares, em sua maioria, são mais flexíveis em relação aos conteúdos apresentados.
Mas, mesmo em escolas, pode haver vários professores disponíveis, então todas as orientações a seguir também são válidas.
Presencial ou online?
Tanto as aulas presenciais quanto as aulas online podem ser extremamente produtivas, dependendo das expectativas do aluno, da experiência do professor e de sua didática.
Em algumas regiões do país – e até mesmo do mundo -, encontrar o professor ideal pode ser uma tarefa árdua, pela inexistência desse profissional por ali.
As aulas online, então, podem ser uma ótima alternativa, para que o estudante evolua da maneira correta, sem precisar se deslocar por distâncias muito grandes, o que geralmente é desanimador.
Mas, caso possível, a presença de um professor pode auxiliar sobretudo no início dos estudos, por conta de orientações em relação à postura e à pulsação.
Popular ou erudito?
Já há muito tempo a música popular deixou de ser um tipo de estudo menor em relação à música erudita. O que interessa é estudar com um professor que domine não somente o gênero, mas também a técnica. Tanto em um gênero quanto no outro, o importante é construir uma base sólida de conhecimento que faça o aluno evoluir de maneira correta e constante.
De resto, o aluno pode optar pelo gênero que mais aprecie ou até mesmo fazer um estudo em que os dois estejam presentes.
Mas lembre-se: é importante encontrar um professor que domine a linguagem escolhida. É comum e aconselhável, inclusive, que se procure por um professor que domine também o estilo que se deseja tocar, como instrumental, jazz, bossa nova, gospel etc.
Mais jovem ou com mais experiência?
Novamente, depende! O importante é que aluno e professor mantenham uma convivência salutar, com diálogo aberto, comunicação fácil e mesmos objetivos. Muitas vezes, os professores mais jovens estão mais dispostos a contribuir, conhecendo novas técnicas de ensino e repertório mais abrangente.
Por outro lado, os professores mais experientes podem resolver dúvidas que venham a surgir de maneira mais rápida, por conhecerem vários caminhos que levem ao mesmo resultado. O importante aqui é a empatia.
Livros e apostilas ou somente repertório?
Alguns alunos se sentem mais motivados a estudar utilizando livros e apostilas em que eles possam acompanhar a didática, ter tudo já anotado, e até mesmo verificar o que está por vir e quanto falta para vencer determinada etapa. Por vezes, isso dá ao aluno mais segurança de que está seguindo um caminho já testado e aprovado.
Em outras circunstâncias, o uso de um caderno para anotações e partituras do repertório decidido entre aluno e professor pode ser suficiente. É sempre aconselhável perguntar como o professor trabalha e importantíssimo se sentir confortável com o que ele propõe.
Qual a duração ideal para as aulas? E a frequência?
Também é importante aqui perguntar ao professor qual o sistema em que ele trabalha e que acredita que pode ser mais produtivo em cada caso. O mais comum são aulas semanais de 55 minutos de duração, mas isso pode variar dependendo do método utilizado, do tempo que o aluno tem disponível para estudar entre as aulas e, obviamente, das condições financeiras.
É importante lembrar que, em música, o professor indica o caminho, mas o aprimoramento ao instrumento depende, primordialmente, da dedicação do aluno.
Como, depois do entendimento das lições, grande parte do trabalho é desenvolver a coordenação motora e o conceito de pulsação – além de outros elementos como a memória, a percepção auditiva etc. -, quanto mais tempo o aluno praticar com seu instrumento mais rápida será sua evolução.
Portanto, isso também pode ser avaliado junto ao professor e adequado às necessidades de cada um. Tenha a certeza: o professor ensina de acordo com o envolvimento e o desenvolvimento do aluno.
Como se pode notar, a escolha de um professor, quando possível, deve levar em conta vários fatores. Para isso, é imprescindível explicar detalhadamente ao professor quais as expectativas em relação às aulas e ouvir atentamente o que ele pode oferecer para atendê-las. O mais importante é que haja congruência entre as perspectivas e confiança no trabalho proposto.
Lembre-se de que um instrumentista não se faz do dia para noite e é preciso dedicação para alcançar as metas propostas por ambos. E é importante que o aluno tenha o professor como fonte de inspiração e um exemplo a ser seguido.
E, como qualquer indivíduo pode mudar de ideia a qualquer tempo, com uma boa relação entre os dois é fácil dialogar sobre possíveis desvios de rota.